Domínio dos dados proprietários passa a ser ativo tecnológico que vai definir vantagem competitiva.
A Inteligência Artificial (IA) seguirá na vanguarda dos planos de todos os líderes empresariais para 2025. Cerca de 70% das empresas continuam acreditando que a IA é essencial para seu sucesso a longo prazo, de acordo com uma pesquisa recente com 1.100 tecnólogos e 28 CIOs da Economist Impact.
Passado o boom inicial com a popularização dos chatbots, o interesse pelo tema não reduziu e devemos passar a ver um amadurecimento da tecnologia e suas aplicações, com o mercado buscando um aprofundando em soluções de IA.
De acordo com a pesquisa Work Trend Index 2024, realizada pela Microsoft em parceria com o LinkedIn, a Inteligência Artificial já está sendo incorporada ao local de trabalho em uma escala inesperada. Cerca de 75% dos trabalhadores do conhecimento usam IA em atividades profissionais hoje e 46% dos usuários começaram a usá-la há menos de seis meses. Em um ângulo complementar, 66% dos líderes afirmaram que não contratariam alguém sem habilidades em IA.
As empresas estão em um momento de mudar suas prioridades estratégicas para investir na área e implantar soluções com maior eficiência, segurança e governança.
A Databricks, plataforma de inteligência de dados e IA que une ciência de dados, engenharia e negócios, listou as 5 principais tendências em IA para 2025:
- Estratégias focadas em agentes de IA
Saem do foco os modelos gigantes de pré-treinamento e entram em cena técnicas mais refinadas de pós-treinamento. A nova tendência é construir agentes de IA especializados, compostos por múltiplos modelos e ferramentas que trabalham em sinergia para otimizar resultados.
Esses agentes são projetados para tarefas específicas, como depuração e aprimoramento de qualidade, usando menos recursos e dados. Ao apostar em fluxos de trabalho inteligentes, as empresas prometem eficiência, adaptabilidade e melhores resultados ao longo do tempo.
“Investir em agentes de IA agora ajudará as organizações a assumirem uma liderança dominante em seus respectivos mercados à medida que a tecnologia se torna mais poderosa. Mas poucas têm os blocos de construção adequados no lugar”, explica Marcos Grilanda, Vice-Presidente e Gerente Geral da Databricks para a América Latina.
- Infraestrutura de dados vai liderar investimentos em IA corporativa
A corrida por agentes de IA já começou e seguirá redefinindo prioridades corporativas. Por isso, a infraestrutura de dados será o principal foco de investimentos. Um exemplo claro disso é mostrado na pesquisa Economist Impact: só 22% das organizações acreditam que sua arquitetura atual suportará plenamente cargas de trabalho de IA.
Para enfrentar esse desafio, empresas estão investindo em plataformas robustas, capazes de integrar diversas fontes de dados, Large Language Models (LLMs) e componentes diversos. O objetivo é garantir resultados confiáveis e precisos, com governança e regulamentação adequadas.
“Uma estratégia de IA bem-sucedida começa no nível de infraestrutura. Abordar componentes fundamentais como unificação de dados e governança por meio de um sistema subjacente permite que as organizações concentrem sua atenção em levar os casos de uso para o mundo real, onde eles podem realmente gerar valor para o negócio”, disse Marcelo Sales, Gerente Geral de Engenharia de Campo na Databricks.
- “Vantagem de dados” será o trunfo das empresas para crescer em 2025
As empresas focarão em usar dados exclusivos para soluções de IA voltadas ao cliente, ganhando mercado com personalização e eficiência. Setores como atendimento ao cliente já utilizam históricos para melhorar serviços, enquanto fabricantes otimizam máquinas com dados digitais e ciências biológicas aceleram descobertas médicas. Essa exemplificação do domínio de dados mostra como isso se tornará essencial para competitividade e inovação.
“As empresas podem obter grandes ganhos de eficiência automatizando tarefas básicas e gerando inteligência de dados sob comando. Mas isso é apenas o começo: os líderes empresariais também usarão a IA para desbloquear novas áreas de crescimento, melhorar o atendimento ao cliente e, finalmente, dar a eles uma vantagem competitiva sobre os rivais.”, comenta Flavio Valiati, Diretor de Vendas da Databricks.
- Governança de IA como protagonista
Se antes o tema parecia restrito às divisões de segurança e regulamentação das empresas, agora ganha espaço nas estratégias de alta gerência. Executivos passaram a ter a compreensão de que alinhar governança de dados com precisão e confiabilidade dos sistemas é essencial para uso responsável da tecnologia e conformidade regulatória.
Empresas já estão passando a unificar metadados de dados e ativos de IA para reduzir redundâncias e melhorar a qualidade. Essa integração garante que modelos operem com conjuntos de dados confiáveis, aumentando desempenho, reduzindo custos operacionais e criando uma base sólida para expansão de casos de uso de IA.
“À medida que mais empresas adotam a inteligência de dados, os líderes precisam pensar criticamente sobre como equilibrar o acesso generalizado com as preocupações com privacidade, segurança e custo. A estrutura de governança de ponta a ponta correta permitirá que as empresas monitorem mais facilmente o acesso, o uso e o risco, e descubram maneiras de melhorar a eficiência e cortar custos, dando às empresas a confiança para investir ainda mais em suas estratégias de IA.”, disse Marcos Grilanda, Vice-Presidente e Gerente Geral da Databricks para a América Latina.
- Qualificação profissional com foco na adoção de IA
A adoção da IA dependerá do fator humano nos próximos anos e a qualificação agora buscará superar barreiras comportamentais para expandir aplicações. Empresas investirão em práticas de contratação aprimoradas, desenvolvimento interno de soluções de IA e treinamentos voltados para casos de uso específicos, acelerando a integração e o uso eficaz da tecnologia no dia a dia corporativo.
“A mentalidade passa a importar mais do que o conjunto de habilidades. A tecnologia está evoluindo rapidamente, então precisamos procurar pessoas com uma mentalidade aberta, criativa e de crescimento e uma paixão por aprender e tentar coisas novas.”, contextualiza Flavio Valiati, Diretor de Vendas da Databricks.