Plataforma da Agrotools transforma monitoramento e rastreamento de café para grandes marcas, garantindo conformidade com padrões internacionais.
Com o maior banco de dados do setor agro, a plataforma da Agrotools monitora e rastreia a origem do café para empresas como Nestlé, Três Corações e Olam, trazendo transparência e atendendo aos requisitos de mercados internacionais. Dados da plataforma CupomValido.com.br, Organização Internacional do Café (OIC) e Dieese mostram que o café é a segunda bebida mais consumida no mundo, ficando atrás apenas da água. No entanto, os produtores enfrentam desafios contínuos, como a gestão de fornecedores, fortalecimento da cadeia produtiva e conformidade com padrões internacionais de ESG (Ambiental, Social e Governança). Nesse contexto, a inteligência de dados se destaca como um diferencial, conforme demonstrado pelo trabalho da Agrotools no Brasil.
Detentora do maior banco de dados agro no mundo, a Agrotools monitora mais de 1 milhão de hectares de café no Brasil, ajudando a rastrear a origem do produto. Com isso, grandes marcas conseguem evitar irregularidades no processo, como inconformidades socioambientais, e garantir o cumprimento de requisitos regulatórios, incluindo as novas normativas europeias.
“A tecnologia permite a análise das cadeias de fornecimento de grãos em larga escala, seguindo estritamente a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), e é mensurável, reportável e verificável”, afirma Rodolpho Mittelstaedt, Gerente Comercial da Agrotools. “Dessa forma, os exportadores conseguem saber exatamente o que estão vendendo, com a certeza de que os grãos não provêm de áreas desmatadas ilegalmente ou de fornecedores que utilizam trabalho análogo à escravidão”, completa.
Mittelstaedt destaca que a inteligência de dados é crucial no Brasil, maior produtor mundial de café, permitindo que os produtores obtenham informações sobre a confiabilidade e escalabilidade do produto, mesmo em um país de grande extensão territorial. Estados como São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rondônia são reconhecidos pela produção de café de alta qualidade.
“As ferramentas tecnológicas são capazes de levantar e organizar insights estratégicos de cada região, fornecendo detalhes sobre clima, geografia e topografia. Isso facilita a formação de parcerias estratégicas entre marcas localizadas a milhares de quilômetros de distância, promovendo a segurança do produto e o crescimento acelerado dos negócios”, explica o especialista.
Importância da regulamentação para exportar para a Europa
Outra vantagem da aplicação da inteligência de dados pelos exportadores brasileiros de café é a adequação ao Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR), que desde 2020 proíbe a aquisição de produtos oriundos de áreas desmatadas. Além disso, outras normas semelhantes estão sendo implementadas por países europeus, como a Lei da Cadeia de Fornecimento da Alemanha, que visa prevenir a violação de direitos humanos e garantir a sustentabilidade.
De acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o Brasil exportou mais de 39,2 milhões de sacas de café em 2023, sendo a maior parte destinada a países europeus. Alemanha, Itália e Bélgica foram responsáveis por quase 30% desse total, evidenciando a importância estratégica do mercado europeu para o agronegócio brasileiro.
“As regulamentações europeias deixam claro que não há espaço para exportadores sem uma governança sólida”, enfatiza Mittelstaedt. “Por isso, a tecnologia é essencial para o café brasileiro se destacar na região, posicionando nosso produto como sustentável, sério e em conformidade com a legislação”, conclui.
