Relatório global da Acronis mostra que 82% das mulheres acreditam que líderes femininas melhoram a cultura organizacional e impulsionam a equidade no setor tech.
A Acronis, empresa global em cibersegurança e proteção de dados, divulgou o relatório “FOMO no trabalho: a lacuna de oportunidades entre homens e mulheres na tecnologia”, que revela diferenças marcantes entre as percepções de homens e mulheres sobre carreira, liderança e cultura organizacional no setor tecnológico.
De acordo com o estudo, 82% das mulheres acreditam que a presença de líderes femininas melhora significativamente a cultura do ambiente de trabalho. A pesquisa, realizada em oito países e com mais de 650 profissionais de TI, destaca desigualdades persistentes na forma como as oportunidades são percebidas e distribuídas — e aponta para a necessidade de ações concretas de equidade e inclusão nas empresas de tecnologia.
Diferenças de percepção e oportunidades desiguais
O levantamento mostra uma diferença clara entre como homens e mulheres enxergam as condições de crescimento profissional no setor.
Enquanto muitos homens acreditam que o ambiente é equilibrado, as mulheres relatam enfrentar barreiras ligadas a preconceito, sobrecarga de trabalho e falta de oportunidades de liderança.
Os principais resultados do relatório incluem:
Igualdade de oportunidades: apenas 60% das mulheres acreditam que homens e mulheres têm igual acesso ao desenvolvimento profissional, contra 75% dos homens.
Equilíbrio entre vida pessoal e profissional: 63% das mulheres afirmam que esse fator impacta diretamente sua progressão na carreira, ante 49% dos homens.
Carga de trabalho: 67% das mulheres acreditam que precisam trabalhar mais horas para avançar na carreira, frente a 56% dos homens.
Preconceito e estereótipos: 41% das mulheres e 33% dos homens veem o preconceito como a principal barreira para o ingresso de mulheres em cibersegurança.
Liderança: 41% das mulheres e 36% dos homens apontam o preconceito como o maior obstáculo para a ascensão feminina a cargos de liderança.
Programas de desenvolvimento: 70% das mulheres valorizam programas específicos de liderança feminina, comparado a 56% dos homens.
FOMO no trabalho: 52% das mulheres têm receio de perder oportunidades de carreira por responsabilidades familiares, frente a 42% dos homens.
Esses números refletem uma disparidade estrutural que ainda limita o avanço das mulheres no setor tecnológico e reforçam o impacto da cultura organizacional na atração e retenção de talentos femininos.
Cultura corporativa ainda desafia equidade
“Nossos novos achados mostram como homens e mulheres vivenciam de forma diferente o ambiente de trabalho na indústria de tecnologia”, afirma Alona Geckler, SVP de Operações de Negócios e Chefe de Gabinete da Acronis.
“Lidar com essa disparidade de gênero requer mais do que boas intenções. As empresas precisam criar programas que ampliem oportunidades de liderança, enfrentem o preconceito de frente e promovam equilíbrio entre trabalho e vida pessoal sem barreiras que desviem as carreiras femininas.”
A pesquisa revela ainda que, embora haja avanços, as desigualdades continuam profundamente enraizadas nas culturas organizacionais, especialmente nas áreas técnicas e de engenharia.
Enquanto homens tendem a subestimar as barreiras sistêmicas, as mulheres valorizam ações intencionais, como programas de mentoria, redes de apoio e treinamentos voltados à liderança feminina.
Ouvir e agir: o papel das empresas
“Este relatório destaca a necessidade crítica de as empresas ouvirem mais atentamente as experiências das mulheres nas carreiras de tecnologia”, reforça Melyssa Banda, vice-presidente sênior de Armazenamento e Serviços na Seagate Technology.
“Destacar modelos femininos, enfrentar o preconceito e fomentar culturas inclusivas beneficiam toda a indústria. A oportunidade agora é transformar esses insights em ações concretas que impulsionem inovação e criem locais de trabalho onde todos possam prosperar.”
De acordo com a Acronis, o objetivo do relatório é inspirar líderes de tecnologia a agir — transformando diagnósticos em políticas reais de equidade, diversidade e inclusão (DEI).
A análise ressalta que a liderança feminina não é apenas uma questão de representatividade, mas um fator comprovado de melhoria da cultura e da performance organizacional.
Metodologia e contexto global
O relatório “FOMO at Work: The Opportunity Gap Between Men and Women in Tech” é baseado em uma pesquisa global com mais de 650 profissionais de TI de oito países: Estados Unidos, Reino Unido, Suíça, Alemanha, Espanha, Itália, Cingapura e Japão.
As mulheres representam 29% da força de trabalho global em tecnologia, proporção que foi replicada na amostra para garantir representatividade e precisão analítica.
O estudo de 2025 amplia os achados do relatório anterior, “The New FOMO: Females Fear Missing Opportunities in IT” (2024), que foi o primeiro a explorar o medo das mulheres de perderem oportunidades de crescimento na carreira.
Nesta nova edição, o escopo foi ampliado para incluir tanto homens quanto mulheres, dobrando o número de respondentes e oferecendo uma visão global mais completa sobre as lacunas de gênero na tecnologia.
📄 Leia o relatório completo:
https://www.acronis.com/en/resource-center/resource/fomo-at-work-the-opportunity-gap-between-men-and-women-in-tech/
