Mulheres em tech, mães em pausa: onde está a equidade prometida?
A cena é comum, mas não deveria ser normal: mães altamente qualificadas, com experiência e sede por inovação, ainda enfrentam portas fechadas no mercado de trabalho. E isso inclui até mesmo o setor de tecnologia, que tanto fala sobre futuro, mas parece estagnado quando o assunto é inclusão materna.
Segundo dados do Censo 2022 (IBGE) e uma pesquisa inédita da Catho divulgada neste mês, 60% das mães brasileiras seguem fora do mercado de trabalho — uma estatística alarmante em pleno 2025, especialmente às vésperas do Dia das Mães. O número caiu 8% em relação a 2024, mas o progresso ainda está longe do ideal.
🔍 A pesquisa revela ainda que:
83,7% das mães já foram questionadas sobre filhos em entrevistas de emprego;
94,8% nunca foram promovidas durante a gestação ou licença-maternidade;
38% acreditam ganhar menos por serem mães;
50% já deixaram de ir a reuniões escolares com medo de perder o emprego;
E apenas 15% ocupam cargos de liderança.
Mesmo em áreas como TI, desenvolvimento, UX, dados e IA, onde a demanda por talentos só cresce, mães continuam enfrentando estagnação profissional. O cenário contradiz o discurso moderno das big techs e startups sobre diversidade, inclusão e inovação.
👩💻 Para empresas que desejam de fato ser líderes em transformação digital, apoiar a maternidade é um passo obrigatório. E não se trata apenas de “ser bonzinho”. Trata-se de estratégia de negócio: mães são profissionais resilientes, multitarefas, organizadas e focadas em resultado – ou seja, talentos valiosos para qualquer stack de crescimento.
💬 “Flexibilizar a jornada e oferecer suporte efetivo para as mães é uma estratégia de retenção e de equidade. Isso fortalece a marca empregadora e impulsiona o crescimento com propósito”, afirma Carolina Tzanno, gerente sênior de RH da Redarbor, dona da Catho.
Entre os benefícios mais valorizados pelas mães:
Jornada flexível (24,1%);
Plano de saúde para os filhos (22,4%);
Trabalho híbrido (15,1%).
👀 No entanto, essas vantagens ainda são exceção — especialmente fora dos grandes centros. Muitas mães relatam não ter sequer uma rede de apoio: 20% afirmam que cuidam dos filhos sozinhas.
Hora da virada: o que as empresas tech precisam fazer AGORA
Rever critérios e perguntas em entrevistas de emprego;
Criar trilhas de carreira pensadas para profissionais com filhos;
Investir em programas de retorno ao trabalho (returnships);
Estimular a promoção de mulheres em licença-maternidade;
Oferecer benefícios alinhados à parentalidade moderna;
Formar lideranças empáticas e com escuta ativa.
📌 Neste Dia das Mães, o presente que o mercado precisa dar é oportunidade real.
Porque tecnologia sem inclusão é só código.
E inovação que exclui mulheres não é progresso — é bug.
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