BeConfident, startup que promove o ensino do inglês pelo WhatsApp com inteligência artificial, conquistou nos últimos 12 meses mais de 20 mil alunos pagantes e se aproxima dos R$ 10 milhões de faturamento.
Com o objetivo de democratizar o ensino da língua inglesa no Brasil, a startup BeConfident extrapolou a marca de 20 mil alunos pagantes em mais de 95 países, alcançando um faturamento de R$ 10 milhões – tudo isso nos últimos 12 meses. Seus fundadores Robson Amorim, Felipe Silva, Felipe Tiozo e Luan Cavallaro, transformaram suas próprias dores em uma missão global e numa meta ambiciosa: atingir 100 mil alunos pagantes até o meio de 2025 e mais de 100 milhões de usuários ativos até 2030. Com uma média de R$ 1,5 milhões em receitas por mês, a projeção é finalizar 2024 entre R$ 12 a R$ 15 milhões faturados.
Não demorou muito para chamar a atenção de grandes investidores. Os jovens levantaram a sua primeira rodada de R$ 2,5 milhões com a Latitud, fundo criado pela ex-Vice-Presidente do Duolingo, e outros grandes investidores como André Penha, Fundador do Quinto Andar, Diego Libanio, fundador do Zé Delivery e Doug Scherrer, ex-CFO do Nubank. A marca de quase R$ 10 milhões de faturamento nos últimos 12 meses foi batida sem precisar usar o dinheiro do investimento. “A captação se tornou caixa para a startup, algo que é muito raro no ecossistema”, declara o CEO da BeConfident, Robson Amorim.
A história da startup começa com o sonho de um jovem garoto da periferia de São Paulo de fazer faculdade nos Estados Unidos. Robson Amorim, CEO e fundador da BeConfident, vendeu mais de 10 mil trufas de chocolate na frente do portão da sua escola por dois anos para pagar um curso de inglês com nativos. Ele sabia que assim poderia ter a oportunidade de fazer o vestibular norte-americano. Isso lhe garantiu uma bolsa de estudos para estudar Ciência da Computação em São Francisco, na Califórnia, em 2020. Seus outros três amigos, e hoje sócios, também compartilhavam da mesma dificuldade com a língua e, juntos, fundaram a BeConfident, primeira escola de inglês do mundo que funciona pelo WhatsApp e com inteligência artificial. Eles lançaram a primeira versão da plataforma em abril de 2023 e faturaram R$ 1 milhão em menos de 6 meses de operação.
“A BeConfident continua a trilhar seu caminho inovador no ensino de inglês, provando que a combinação de tecnologia avançada e uma compreensão profunda das necessidades dos alunos pode transformar a educação para adultos em todo o mundo”.
A BeConfident garante que seus alunos estejam sempre praticando com nativos através de inteligência artificial. Os alunos podem escolher tutores IA de diversos países para conversar como Estados Unidos, Reino Unido, Inglaterra e Canadá. E tem a oportunidade de conversar por quantas horas quiser por apenas R$39,90 por mês (10x mais barato do que qualquer curso tradicional), criando não apenas uma solução mais eficiente mas também acessível para estudantes de todas as idades e classes.
Ainda, a startup está buscando a criação de trilhas adaptativas sofisticadas que entendem as motivações e necessidade de cada estudante e recomenda uma série de exercícios e temas personalizados. Atualmente, a base de dados da BeConfident já tem mais de 55 milhões de segundos de áudios dos alunos, usados para continuar treinando os modelos.
“Os estudantes da BeConfident simulam entrevistas em inglês, fazem estudos bíblicos pela manhã, conversam sobre as olimpíadas e até jogam xadrez com a BeConfident. Tudo isso enquanto revisam os seus erros e aprendem a maneira como nativos conversam”, conta o CEO da startup.
O público-alvo da BeConfident evoluiu ao longo do tempo. Inicialmente voltada para a Geração Z, os fundadores descobriram que a solução é também altamente valorizada por um público mais maduro. Atualmente, 95% dos alunos da BeConfident têm entre 30 e 55 anos, um segmento que, para Robson, estava carente de uma solução de ensino de inglês com flexibilidade e profissionalismo.
Planos pro futuro: BeConfident vai virar multiplataforma
A meta mais longínqua da BeConfident é alcançar 100 milhões de usuários ativos mensais (MAUs) nos próximos 6 anos. Mas o avanço mais importante é que, após perceber que uma abordagem híbrida gera melhores resultados pedagógicos, a startup está prestes a lançar seu próprio aplicativo para todo público, que está em fase beta desde o início do ano com os alunos.
“Embora o WhatsApp continue a ser uma boa solução conversacional, o novo aplicativo conta com uma camada avançada de inteligência educacional e chamadas por vídeo com inteligência artificial como se estivesse conversando com um amigo pelo Zoom”, explica Robson.
