Panes globais, que afetam apps de bancos e fintechs, mas também podem comprometer a eficácia de sistemas médicos e de transporte, como ocorreu em julho, podem ser evitadas com a tecnologia da TSTR e uma comunidade de testes prontas para atuar; incubada no UberHub, startup foi selecionada para último Summit 2024.
Conectar empresas a testers que realmente entendem do que fazem para gerar economia nos gastos com problemas oriundos de erros e bugs de softwares que vão ocorrer, mais cedo ou mais tarde, e gerar prejuízo (dos grandes). Com um trabalho de prevenção, atuação proativa e neutralização, a startup TSTR, fundada em Uberlândia, quer se antecipar ao problema e, para isso, desenvolveu uma solução para que as empresas gastem muito menos com os danos gerados por essas falhas, e possam tornar a operação mais sustentável. Parece só tech e finanças, mas também é impacto social na nossa vida.
Isso porque estudos recentes indicam que falhas em software custam às empresas globais cerca de $1,7 trilhão por ano em tempo de inatividade, perda de receita e danos à reputação, sem contar os prejuízos aos usuários, consumidores e clientes, o que, no caso da área da saúde, pode significar vida ou morte.
No caso da economia, empregos podem ir pelo ralo. Pensando nisso, a startup resolve esse problema crítico (ou boa parte dele), garantindo que os produtos sejam lançados sem falhas, o que resulta em uma experiência de usuário confiável. Lá na frente, não vai ser necessário apagar incêndio e gastar milhões com reparação.
Isso foi possível com a junção de uma comunidade de mais de 1.000 testers qualificados, força pela qual a TSTR quer entrar em um mercado reprimido de $ 40 bilhões. “Não miramos os grandes conglomerados, o nosso cliente médio são startups de até 50 funcionários que prestam os serviços de software para as empresas, bancos, fintechs etc.”, explica o fundador João Júnior, especialista em tecnologia, programador e desenvolvedor.
Pane global? Dava para evitar
Para exemplificar, podemos citar o apagão cibernético do dia 20 de julho, que atrapalhou o funcionamento de companhias aéreas americanas, a operação de aeroportos da Europa, da Índia, de Hong Kong e Cingapura, além de transmissões ao vivo de redes televisivas no Reino Unido e na Austrália. Bancos, estações de trem e hospitais foram afetados. Diversas bolsas de valores ao redor do mundo também tiveram que interromper as negociações. No Brasil, bancos foram afetados.
O fundador da startup garante que o problema poderia ter sido evitado com atuação prévia. “A sacada da TSTR, uma spin-off da 4ALL Tests, é assegurar (em cima de dados e estratégia) que seus clientes entreguem ao mercado produtos sem falhas, garantindo uma experiência de usuário impecável e de alto valor. Para isso, utilizamos de uma série de princípios e técnicas operacionais que evitam o desperdício de custos, aumentar a qualidade do produto e a maximização do valor entregue ao cliente”, afirma.
Mas como funciona, na prática?
A empresa atua como uma plataforma que conecta negócios a uma vasta comunidade de testers especializados, oferecendo serviços que vão desde a execução de testes em demandas específicas até a gestão completa de áreas de teste.
“O diferencial da TSTR está na combinação de práticas de ponta com uma ampla comunidade de testers experientes. Utilizando metodologias como ShiftLeft Testing e a filosofia Lean, a TSTR integra testes desde as fases iniciais do desenvolvimento, promovendo a detecção e correção precoce de falhas. Essa abordagem reduz o tempo de lançamento de novos produtos, minimiza bugs em produção e resulta em softwares mais estáveis e confiáveis”, explica o fundador e sócio João Júnior.
É sobre tecnologia, mas antes sobre impacto nas pessoas
“Falamos de tecnologia de ponta, mas, no final das contas, estamos gerando soluções na vida das pessoas e empresas. Bugs ou falhas que atrapalham o acesso aos apps dos bancos, problemas em sistemas avançados de medicina e panes em sistemas aéreos geram perdas financeiras imensas, mas, mais do que isso, podem causar danos irreversíveis na saúde física e mental das pessoas”, explica.
Por isso, o mercado-alvo da TSTR inclui startups, empresas de tecnologia, fintechs, healthtechs e corporações que necessitam de soluções de testes de software escaláveis e eficazes. A tecnologia abrange automação de testes baseada na pirâmide de testes, utilizando ferramentas de ponta para realizar testes funcionais, de desempenho, segurança e usabilidade em todas as camadas do software.
“Por exemplo, em projetos com nossos clientes, automatizamos mais de 80% dos testes de regressão, reduzindo drasticamente o tempo de lançamento de novos produtos e atualizações, além de minimizar a ocorrência de bugs em produção. Isso resulta em produtos mais estáveis, maior satisfação do usuário final e economia de custos a longo prazo”, afirma.
Atuação de acordo com ODS/ONU
Com a crescente digitalização e a demanda por softwares mais robustos e confiáveis, a TSTR está posicionada para capturar uma parte significativa deste mercado. “A necessidade crescente de automação e testes contínuos impulsiona a adoção de nossas soluções, abrindo novas oportunidades para expandir nossa base de clientes e aumentar nossa participação no mercado”, completa o fundador. Entenda mais:
– ODS 9 – Indústria, Inovação e Infraestrutura: A TSTR promove a inovação ao oferecer soluções avançadas de teste de software, ajudando empresas a desenvolver produtos mais confiáveis e eficientes.
– ODS 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico: Ao melhorar a qualidade e confiabilidade dos softwares, contribuímos para um ambiente de trabalho mais eficaz e produtivo, beneficiando tanto empresas quanto profissionais de TI.
– ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis: Através da automação e eficiência nos testes de software, ajudamos a construir soluções tecnológicas que podem melhorar a qualidade de vida e a gestão urbana.
– ODS 12 – Consumo e Produção Responsáveis: Reduzimos desperdícios e retrabalhos ao garantir que softwares sejam lançados com menos bugs, promovendo práticas de desenvolvimento de software mais sustentáveis.