Os ganhos potenciais desta tecnologia são um fator motivador.
A disputa entre gigantes da tecnologia pela supremacia em inteligência artificial (IA) está intensificando rivalidades e elevando gastos. A Alphabet, dona do Google, e empresas como Microsoft, Amazon e Meta investem bilhões em data centers e servidores para computação em nuvem e IA, e de acordo com a Visible Alpha, é estimado que até 2026, sejam desembolsados cerca de US$ 1 trilhão.
Apesar dos avanços, como o crescimento de 15% na receita da Alphabet e de 35% em sua unidade de nuvem, a competição entre as empresas torna o ambiente hostil. Meta e Microsoft buscam reduzir dependências e desafiar o Google, exacerbando tensões no setor.
Bruno Nunes, especialista em tecnologia e CEO da Base39, uma fintech brasileira que oferece soluções em GenAI para empresas que trabalham com crédito, explica que com o aumento da concorrência, empresas apostam em estratégias para superar rivais. “Há um comportamento preocupante de empresas que, na tentativa de acompanhar as tendências, incorporam ferramentas de IA de forma pouco estratégica, como adicionar um “copiloto” a sistemas que não enfrentavam grandes problemas de usabilidade ou eficiência. Essa abordagem não apenas dilui o potencial da IA, mas também pode levar ao desperdício de recursos e à desilusão com a tecnologia”, diz.
Os ganhos potenciais desta tecnologia são um fator motivador e, de acordo com a McKinsey, a computação em nuvem pode gerar até US$ 3 trilhões em lucros adicionais. Essa perspectiva estimula investimentos massivos e riscos consideráveis, com empresas como Google e Meta dispostas a gastar mais para garantir uma posição de liderança.
Embora a Alphabet ainda não tenha consolidado sua vitória, o crescimento impulsionado pela inteligência artificial demonstra que a corrida está longe de acabar. Com tantas gigantes dispostas a sacrificar lucros imediatos em troca de dominação futura, esse setor se torna cada vez mais estratégico e imprevisível.